Culturalmente falando estou sempre faminta. Parece que vou dormir faltando uma mordida em um pedaço de algum lugar, de algum costume, de algo que ainda não descobri. Tenho uma ansiedade, se é que posso chamar de ansiedade. Posso nomear talvez talvez, como algo inquieto, que não se acomoda, que jamais esteve adormecido.
Esperei muito tempo. Esperei lugares, então me mudei. Esperei conehecimento, então estudei. Esperei alguém, antão amei. Mas nada desse sentimento, pequeno e gigante ao mesmo tempo, me largar. então descobri que esperava que essas coisas que fui atrás me satisfizessem. Me alegrassem. Me trouxessem momentos de felicidade. E trouxeram de verdade. Mas tudo tem seu preço. O trabalho tem suas exigências, lugares tem sua estática e o amor...esse inegavelmente tem o vício ruim de querer aprisionar e fazer de dois espíritos livres e pensantes, um só dominador. Matemática ruim. Jamais vi passáros cantando alegremente em gaiolas.
Entendi que o mais difícil para uma alma decidir se unir com outra é a realização. E com ela vem felicidade. Aprendi a ser muito, mas muito feliz sozinha, pois não atribuo a ninguém minhas expectativas e, ao mesmo minhas frustrações. Com isso elevei meu padrão, logo, me fazer feliz exige muito mas ao mesmo tempo pouco. Só pessoas felizes como eu entedem!