Hoje, dia 22 de dezembro, fazem oito anos que perdi a pessoa mais importante da minha vida. Que você se foi mãe. Na verdade, muito mais coisa se perdeu. O sentido se perdeu. Tento até hoje superar, me erguer, reinventar, me divertir e fazer divertir, mas é uma batalha na qual tenho que matar um leão por dia. E é difícil demais. Como falei para uma grande amiga que sofreu também uma perda irreparável..é aprender a viver com uma ferida aberta. Não passa a dor...se acostuma com ela.
Tenho problemas em lidar com perdas até hoje. Quando pessoas saem de minha vida é uma quase morte, pois não mais as vejo e sofro, pois sangro por dentro. Estou sangrando, em dobro.
Não tenho seu abraço, seu colo pra me confortar. Não tenho minha família. Você era meu tudo e isso foi embora com você. O meu pouco que eu tinha também. Vou me acostumar a seguir com meu coração...assim como levo você mãe...mesmo nas horas em que tenho vontade de gritar bem alto...como eu tenho vontade de chamar mãe...as vezes quando estou sozinha eu chamo...só pra me dar a falsa ilusão que vc vai cruzar a porta e me dar aquele abraço que tanto sinto falta e que tanto preciso neste momento. Coincidência ou não, é sempre nessa época que tudo desmorona e meu único desejo era ter vc aqui comigo, para eu me sentir segura e amada.
Quero dizer que vou ficar bem, que conheci pessoas maravilhosas e que fui feliz e que vou estar sempre buscando meu caminho...e te amando onde você estiver.
Te amo
Sua filha