Em tempos do politicamente correto, do corretamente polido, me vejo frequentemente tolida no meu direito de expressar o que sinto, gosto e penso. Não sei se isso acontece em função das redes sociais estarem se tornando um sedex 10 de indiretas, onde qualquer coisa dita tem endereço certo, ou os falsos moralistas de plantão estão sendo remunerados e só eu não sei.
Um exemplo. Falar que eu gosto de frio não é novidade. Não sou gaúcha, sou paulista. Minha família é do sul. Sempre visitei o RS e sempre fui apaixoada pelo frio, por tudo o que a estação oferece. Isso que nem citei meu problema sério de hipotenção (eu disse HIPO). Em uma rede social, é quase agressão, como se estivessemos dizendo "Bem feito para os pobres, crianças e mendigos deabrigados que tremem a noite inteira e não tem um lençol térmico". É esta falta "de mão", de medida que me incomoda. Deus me deu um coração grande, mas em contrapartida um pavio curtíssimo. Não sou alienada e tenho consciência de TODOS os problemas socias do meu país e de uns outros 5. Faço minha parte, mas se nem o governo e pessoas eleitas no comando para amenizar, pois resolver acho muita utopia, assim o fazem, quem sou eu, simples cidadã. Então ignoro as manifestações contrárias e sigo gostando da minha estação preferida. Trabalho e muito para desfrutar do que aprecio.
Quanto as indiretas, só tenho a citar um velho ditado..se a carapuça servir! Tudo está muito extremado, as pessoas não gostam de si próprias e transferem esse ódio interno adiante. Tudo é motivo para acusações, falsos alarmes e injúrias. Sinto falta de um tempo em que o velho bate papo e um café confortavam a alma.
Penso que o prazer deva ser descoberto e para aqueles que esqueceram uma redescoberta.
Prazer nada tem a ver com status, poder e aquisições. Tem a ver com a riqueza da alma e a paz na consciência.
Para mim menos vai ser sempre mais. Desculpe.