quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Day by day...from her window...


Ela vê o dia passar, da janela de seu quarto só vê o mundo, alheio a ela. Mais um dia, só mais um, que completará a semana que fechará o mês de mais um ano..de mais uma década. Ela vê o tempo passar...no seu quarto é refém dela mesma, de seus pensamentos e de suas certezas. Existe um lugar onde ela pode imortalizar sua saudade, é a mémoria. E o outro lugar ela usa pra eternizar seu amor, o coração. Ela vê o chão ruir, do seu quarto ela percebe sua base se quebrar...pedacinhos de vida que foram construidas e agora nao mais existem. O encanto está quebrado e sua fada não mais a acompanha. Ela vê a floresta escura e tem medo de passar....sabe que tão ocre quanto o céu estão seus sentimentos. Ela não sabe mais o que pensar. Quando aacordou viu que perdera parte de si. A parte fundamental de uma alma...a capacidade de amar. Já dizia o filósofo...amar é de Deus a função do ser humano é perdoar...mas por que tudo é tão difícil....conflito de idéias, jogos e armadilhas de amor, chantagens emocionais, a queda de braço sem fim... Ela não quer mais saber ...de nada. Não tem apreço nem apego. Se tornou prisioneira de seu corpo onde viver é um exercício diário onde não faz questão das sequências. Teme pelo mau uso de suas palavras, pelo mau uso de seu corpo e mau uso de si própria. Ela já não tolera mais o ser humano. Não tem paciência...o tempo corre e ela está vendo; primeiro...gradualmente , depois rapidamente... Ela esta no seu quarto agora e nao vê mais nada...pois não se chora de olhos abertos!



By Lu

Um comentário:

Unknown disse...

Os dias vão passando, o mesmo cenário, as mesmas pessoas, os mesmos medos, que já não importam, é trabalhoso entende-los e dificil não pensar neles!
Os lugares mudam, mas todos parecem iguais, recheados de uma falta, uma angustia, um pensamento distante e indesejado. As pessoas aparecem, mas logo se tornam semelhantes a caracteristicas de velhos conhecidos; chatos e irritantes, sendo assim ou não, se tornam por um momento.
As peças do quebra-cabeça já não se encontram.
Na noite voltam os pensamentos, atrapalhando o sono, mas tudo fica claro com o dia, e já não têm importancia, fica distante, mas imaginavel.
A complexidade não permite muitos movimentos, sendo eles internos ou externos. A boca já não tem as mesmas palavras doces, as maos nao tem o mesmo toque, os olhos não se encontram mais, nesse vai e vem dos ponteiros do relogio os significados se transformam em pó. Até quando? não se sabe. Dizem que são fases; mas e daí? que diferença faz? nenhuma. Nada faz diferença, mesmo quando devia. E nada muda entender ou não, o que não se explica.. se sente em um grito interno,abafado pela impaciencia de produzir som.