sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

The WeeK

Sou fã do Washigton Olivetto incondicional e olhando antigos comerciais me deparei com esse que lembro que a primeira vez que o vi fiquei com esse texto na cabeça e com o arrepio na espinha...intenso e lindo
Filme do lançamento da Revista Época, feito pela W/Brasil em 1998, vencedor do Gran Prix do Clio Awards de 2000.

http://www.youtube.com/watch?v=KU7pUs2opis







O texto

Para um preso, menos sete dias;
Para um doente, mais sete dias;
Para os felizes, sete motivos;
Para os tristes, sete remédios;
Para os ricos, sete jantares;
Para os pobres, sete fomes;
Para a esperança, sete novas manhãs;
Para a insônia, sete longas noites;
Para os sozinhos, sete chances;
Para os ausentes, sete culpas;
Para o cachorro, 49 dias;
Para uma mosca, sete gerações;
Para os empresários, 25% do mês;
Para os economistas, 0,019% do ano;
Para o pessimista, sete riscos;
Para o otimista, sete oportunidades;
Para a Terra, sete voltas;
Para o pescador, 7 partidas;
Para cumprir um prazo, pouco;
Para criar o mundo, o suficiente;
Para uma gripe, a cura;
Para uma rosa, a morte;
Para a História, nada;
Para a ÉPOCA, tudo.

FICHA TÉCNICA

DIRETOR DE CRIAÇÃO: Washington Olivetto e Gabriel Zellmeister
CRIAÇÃO: Alexandre Machado e Jarbas Agnelli
PRODUTORA: AD Studio
DIRETOR DO FILME: Jarbas Agnelli
FOTÓGRAFO: Miro e Marcio Scavone


The Chosen one


Somos seres movidos por escolhas. A todo instante as fazemos, algumas nos passam quase que despercebidas, outras nos parecem frutos do mero acaso.
Nossas escolhas nos fazem quem somos, quem seremos e quem algum dia fomos, não importando quão bom ou ruim isso tenha sido.
Nem sempre nossas escolhas são sábias, certeiras e derradeiras.
Machucamos, ferimos, nos machucamos e nos ferimos.
Escolhas que no momento pareciam ser nossa única saída, outras que o tempo nos mostrou que não eram.
Escolhas erradas, que se não tivéssemos feito não teríamos aprendido lições valiosas. Escolhas acertadas que tomamos e em razão delas agregamos maior felicidade.
Escolhas impossíveis de agradar a todos, mágoas que inevitavelmente deixamos no caminho e que temos que arcar pois este é o preço que se deve pagar por elas.
Escolhas que por mais absurdas que nos possam parecer, sempre fazem sentido aquele que tudo sabe e sempre dá rumo ao errado pois a escolha certa é sempre pelo coração.
E eu continuo sendo persistente e escolhendo sempre ser feliz!



Lu







Great Imagination....

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.

Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.

O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.

De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.

Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.
Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.

Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.

Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.

Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.

Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.

Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.

Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.

Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.

Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.

Nisto a porta abriu-se repentinamente.

Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.

Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.

Que loucura, meu Deus!

Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.

Só que, as condições eram estas:

Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

Fernanda Braga da Cruz
(Redação feita por uma aluna de Letras, que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de Gramática Portuguesa.)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Take your fate in your hands...

 O passar de cada dia nos faz aprendizes, somos expectadores desse maravilhoso e ao mesmo tempo angustiante espetáculo da vida. Maravilhoso por que não somos capazes de prever o que nos aguarda depois da curva, o que torna  a expectativa motivadora ao ponto de nos fazer audaciosos e estimulados a vivê- la intensamente. E..angustiante exatamente pelo mesmo motivo. Não sabemos quando de fato ela expira. Quando seu prazo de validade acaba. Quando a gente "acaba" por aqui. Perguntas universais sem respostas claras, até por que não estamos nem queremos. A ilusão na maioria das vezes é o bálsamo necessário para aliviar todas as mazelas. Não a ilusão pura e dissimulada e sim a ilusão otimizada de que existe algo maior e melhor sempre a aguardar por nós.
Cada um tem o melhor ou o pior de nós, retribuimos aquilo que recebemos ou não, dependendo do fator reciprocidade voluntária. Se não o fazemos é por que não nos sentimos instigados a nos doar, sentir,ou fazer por que o prazer que vamos sentir não irá ser tão satisfatório.
 Então sugiro que a cada despertar façamos o possivel para que o nosso dia seja o mais desafiador possivel. Que não seja tarde para começar nem terminar nada, para se dizer eu te amo, para sentir o vento bater no rosto e perceber que estar vivo é espetacular, que fazer parte da vida de outras pessoas é uma grande responsabilidade e que despertar o amor em outras também. Que nós tenhamos serenidade pra somar mais nossas alegrias e dispersar o não nos for mais necessário e fazer do perdão o escudo para todo e qualquer mal que possa atravessar o caminho.
Estou fazendo isso ..diariamente e não podia estar mais feliz :-))))


Have a nice week!!!!!!

Lu

Beijos pro meu lindo que me mostra que a cada dia posso ser mais feliz!!!