"Depois que nos livramos do fantasma, tudo segue com infalível certeza, mesmo no meio do caos"
Henry Miller
( Trópico de Capricórnio)
Henry Miller
( Trópico de Capricórnio)
O que é o certo?Algo que nos faz andar de acordo com o senso comum e comportamentos sociais pré estabelecidos? Talvez; Acho que o certo é tudo o que fazemos para não entrarmos em conflito com nós mesmos. Para evitarmos de nos sentirmos moralmente deficientes.
Quem faz algo "errado foi certamente porque teve um estímulo irresistível que lhe pareceu certo demais. Veja bem não estou falando em como se tornar um marginal sem culpa, não estou falando de crimes capitais e sim de transgressões emocionais, pequenos delitos de sentimento.
O certo é casar, ter um bom emprego filhos, permanecer com o esposo ou esposa até o derradeiro "que a morte os separe"? Pois digo que não há morte pior que a perda do cuidado, atenção, tesão, interesse pela vida, cama, problemas soluções que se se divide com alguém. Para mim algo errado é abdicar da intensidade infinita que tem a vida.
O certo é estar rodeado de pessoas que não nos agregam nada, cheias de egoísmo emocional, atitudes passivas, somente pela comodidade do "circulo social"? O errado é optar pela quantidade ao invés de qualidade, manter os poucos e bons que nos remetem a realidade quando necessário e nos salvam da ignorância e futilidade cotidiana?
O certo é se manter estável, insistir no inevitável, apostar no comodismo e ser espectador do decorrer decadente dos dias, esperando por algo, alguém e quem sabe o próprio acaso, para nos libertarmos da prisão que o certo nos envolve?
Nessa ciranda contraditória de certezas erradas só uma coisa a declarar em minha defesa:
Estou certa em permanecer errada!
Quem faz algo "errado foi certamente porque teve um estímulo irresistível que lhe pareceu certo demais. Veja bem não estou falando em como se tornar um marginal sem culpa, não estou falando de crimes capitais e sim de transgressões emocionais, pequenos delitos de sentimento.
O certo é casar, ter um bom emprego filhos, permanecer com o esposo ou esposa até o derradeiro "que a morte os separe"? Pois digo que não há morte pior que a perda do cuidado, atenção, tesão, interesse pela vida, cama, problemas soluções que se se divide com alguém. Para mim algo errado é abdicar da intensidade infinita que tem a vida.
O certo é estar rodeado de pessoas que não nos agregam nada, cheias de egoísmo emocional, atitudes passivas, somente pela comodidade do "circulo social"? O errado é optar pela quantidade ao invés de qualidade, manter os poucos e bons que nos remetem a realidade quando necessário e nos salvam da ignorância e futilidade cotidiana?
O certo é se manter estável, insistir no inevitável, apostar no comodismo e ser espectador do decorrer decadente dos dias, esperando por algo, alguém e quem sabe o próprio acaso, para nos libertarmos da prisão que o certo nos envolve?
Nessa ciranda contraditória de certezas erradas só uma coisa a declarar em minha defesa:
Estou certa em permanecer errada!
Um comentário:
Ai Luuuu
Muito legal esse texto!
Gostei de toooodo ele, mas especialmente da parte que diz: "Pois digo que não há morte pior que a perda do cuidado, atenção, tesão, interesse pela vida (...)"
Realmente! É triste ver uma pessoa assim.
Tem uma citação muito bonita, que eu não sei de quem é, que diz assim "O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar."
Acho tão certo isso! Acho que quando a gente deixa de amar as pessoas queridas, o dias de sol, os de chuva, uma sopa quente, um filme visto com alguém especial, o cheiro de grama cortada, ou de uma roupa nova, um sorvete, enfim, todas essas pequenas grandes coisas, a gente morre mesmo, por dentro, viramos zumbis vagando por esse mundo, esperando a hora da morte física.
Muito lindo o texto! Adorei!!
Beijão!!!
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