Sábio é o elefante que quando pressente que o fim está próximo se afasta para morrer sozinho.
Talvez seja para findar com dignidade intacta. Para nao fraquejar jamais e romper a majestosa face de fortaleza. Penso que sou meio elefante em face a um revéz. Afasto os que amo pois nao acho justo que vejam meu pesar ou que enxuguem minhas lágrimas. Me recolho a mim mesmo para achar alívio na solidão.
O que fazer com os anos todos que me foram levados. A juventude que me fazia sorrir a cada manhã. Os planos atirados no canto, as noites e dias de afeto e comprometimento e as juras de amor eterno.
Tudo se resume a um adeus. A um fim. Ao desperdício e ao vazio que só um fim deixa.
De quem irá acompanhar as horas do dia, de quem irá zelar por vc, de quem lhe amparará na queda e de quem ganhará um beijo.
Sem respostas...pois o fim abre um caminho longo a ser percorrido. Não mais da mesma forma. Nunca será, pois a ferida que arde será tbm a cicatriz.
Sou complicada...é o que ouço, mas por trás desta complicação está alguém que sempre acaba por descobrir o preço de se entregar e amar demais. De por vezes ser mais o outro que si mesma, ser chão, família e ombro. Ser apoio, rocha e sorriso. Sorriso esse que não sai agora. Garganta embargada. Gosto de fel. Como é amargo um adeus. Mais ocre é o recomeço.
Estou no momento me afastando do grupo...
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