Corpo Humano - Real e Fascinante

Esta semana visitei a exposição Corpo Humano: Real e Fascinante. Claro que ao primeiro olhar causa estranhesa assim como tudo o que nos é desconhecido e nada mais desconhecido que nosso próprio corpo. Agora pensem em nossos olhos como micro cameras percorrendo minunciosamente cada pedacinho do nosso organismo, de cada sistema, de cada micro partícula pulsante existente em que forma o todo de nosso corpo humano.
Confesso que não tenho melindres quanto a este tipo de visão mais profunda da "carne" em si , ainda mais que essa exposição aborda de forma tão delicada a existência humana e nos faz ver que realmente não se faz um omelete sem quebrar os ovos. Não há como estudar, pesquisar, mostrar e conhecer sem a exploração. Apesar da polêmica toda desde 200 quando começou esta exposição, e das diversas histórias de que os corpos nao seriam de inocentes doadores em prol do bem maior da ciência originarios da República popular da china e sim de criminosos executados, de que essa forma de ciência denigre a dignidade humana eu prefiro deixar esses assunto alheios ao que realmente me interessa nesse tipo de experiência que uma exposição dessas veio me proporcionar.
Foi uma visita guiada por monitoras formandas em biologia, previamente instruidas e treinadas por termos tecnicos e textos ensaiados mas humildes em admitir que estavam abertas a qualquer conhecimento externo de alguma pesssoa mais conhecedora do assunto. Ou seja perfeito.
Os 16 corpos seguidos por seus 225 orgãos foram divididos em nove setores.

O primeiro é "Esqueleto", com a estrutura óssea dos humanos e suas mais de cem juntas. Os sistemas muscular, nervoso, respiratório, digestivo, urinário, reprodutor e circulatório também têm seus espaços.

Já o setor "O Corpo Tratado" mostra a preservação de um corpo saudável graças aos avanços das pesquisas médicas e tecnológicas, com destaque para próteses e equipamentos que auxiliam os médicos na sala de cirurgia.
O visitante faz as vezes de máquina de ressonância pois literalmente entramos no corpo, olhamos seu ínfimos detalhes ( até os mais bizarros). O que não são de verdade são os olhos (de vidro) a boca e naris,que por serem compostos de tecidos mais sensíveis durante todo o processo químico acabam por se deteriorar e foram reconstruídos).
Alias todo o processo que os corpos sofrem até chegarem as nossas vistas é muito interessante. Os tecidos dos cadáveres passaram por um processo que lhes deu aparência e textura de plástico. Chamado polimerização, o procedimento foi supervisionado pelo criador da exposição Roy Glover, professor de anatomia e biologia celular da Universidade de Michigan. (também diretor-chefe do Laboratório de Preservação Polímera da universidade) e realizado em diversas etapas.Os corpos foram inicialmente embalsamados para preservação dos tecidos. Depois passaram por uma desidratação por imersão em acetona. A substância preencheu o corpo no lugar dos líquidos corporais e foi posteriormente eliminada como vapor em uma câmara a vácuo. Em seu lugar, foi aplicada uma solução de polímeros em silicone líquido. A finalização do processo se deu com a aplicação de um composto que enrijece o silicone, dando aos tecidos uma consistência plástica. O procedimento permite selecionar as cores desejadas para cada parte do corpo, que se torna inodoro, e garante longa durabilidade aos tecidos.
Eu recomendo a todos aqueles que são "despidos" de preconceito e considerem qualquer tipo de conhecimento uma forma de nos tornarmos pessoas mais cultas, instruídas e com uma vasta visão de mundo e diversidade, a comparecerem a exposição.
É no Barrashopping Sul ( bairro Cristal -POA), adulto R$ 40,00 meia R$ 20,00 até maio.

Enjoy!!!!!!!


Lu